A psicologia científica tem observado, nas últimas décadas, transtornos como mecanismos de alívio da ansiedade e estados depressivos, as chamadas fugas de pensamento, incluindo hábito excessivo de “comer”.
As causas emocionais poderão ser as mais diversas, tais como traumas no passado, negligência afetiva, rejeição, abuso sexual entre outros, assim como também períodos de euforia induzida ou natural. No entanto, isso pode desencadear outro tipo de transtorno chamado “Compulsão Alimentar”.
É comum também na infância a criança ser estimulada a comer, é o mito de que “crianças gordinhas são crianças saudáveis”. Já na adolescência, quando as cobranças, questões estéticas e imagem corporal começam a aparecer, podem surgir conflitos e desconfortos emocionais levando à um estado confuso de ansiedade e sentimentos depressivos em função das regras e modelos impostos pela sociedade.
Dessa forma, diante de situações que causem sentimentos positivos ou negativos, hábitos orais são muito comuns a fim de neutralizar episódios de descontrole como meio de descarga emocional e de saciedade. Temos ainda outra contribuição da nossa cultura, com almoços e petiscos comemorativos. Com o tempo a comida deixa de funcionar como um combustível necessário para as funções vitais do organismo e passa a ser apenas fonte de prazer. (Associação Americana de Psiquiatria).
A compulsão alimentar se dá não só por fatores emocionais, mas também por contribuição de desequilíbrios hormonais, glandulares e demais fatores funcionais do corpo. Segundo especialistas, o caminho do prazer conta com uma substância chamada serotonina, um hormônio que, além de outras funções, é responsável pela sensação de bem-estar.
Após a ingestão do alimento, ocorre uma liberação generalizada de seratonina pelo organismo e a saciedade se dará com a chegada desse hormônio até uma glândula chamada hipotálamo, uma estrutura no meio do cérebro que tem a função de controlar a sede, a fome e a temperatura, informa a saciedade e sinaliza ao indivíduo que pare de comer. Portanto, esse desequilíbrio químico e emocional já poderão ser sintomas prováveis ao desenvolvimento de uma compulsão alimentar.
Contudo, o diagnóstico deve ser feito por um profissional da saúde especializado no assunto, conforme critérios do Ministério da saúde.
Algumas recomendações para evitar esses tipos de transtornos são os exercícios e atividades físicas bem como alimentação orientada e acompanhada por profissionais especializados tais como clínico geral, nutrólogo, psiquiatra, endocrinologista, psicólogo e outros especialistas da área.
Valnei J.Reime é psicólogo, psicoterapeuta e professor especializado em Psicossomática – CRP.06/38163.5
Contato pelos telefones: (11) 97560-6098 / 2461-2619 / 2461-2800
Fontes de pesquisas: Publicação de “Compulsão Alimentar” Dra. Paula Rosato – endocrinologista
Núcleos de apoio – HC – Dr. Alfredo Halpem – endocrinologista
Adriano Segal – Psiquiatra e professor.