Tudo acaba em Pizza, e isso é muito bom!
Desde 1985, o dia 10 de Julho é a data oficial do “Dia da Pizza” no Brasil. A história dela é simples e interessante. Nesse ano, o então secretário de turismo Caio Luís de Carvalho promoveu um concurso estadual em SP que elegeria as 10 melhores receitas de pizza margherita (leia mais da história da margherita no final do texto) e mozarela (não me matem, essa é a forma correta de escrever).
Entusiasmado com o sucesso, a data de encerramento do concurso se tornou o “Dia da Pizza”. Nossa querida redonda chegou pelas mãos dos imigrantes italianos e foi assada pela primeira vez no Brás, bairro de São Paulo.
Não é de se estranhar que São Paulo é um grande consumidor de pizza estima-se que sejam consumidas mais de 40 milhões de pizzas por mês. São Paulo só perde para Nova York no consumo de pizzas.
Onde ir para comemorar esse dia tão legal
Após uma reflexão sobre o local para comemorar o dia da Pizza, decidi visitar o Neliu’s Grill & Pizza. E não foi uma decisão aleatória. Eu queria comer bem e bastante, e poder provar vários sabores. A pizza do Neliu’s atendia esse meu querer. Isso porque o processo que eles utilizam é o de fermentação lenta. Vamos dar uma pincelada sobre o que estamos falando. Sabe quando você está louco para comer pizza, come como se não houvesse amanhã e depois sente que tem um planeta dentro do seu estômago? Aqueles deliciosos pedaços de pizza parecem que não conseguem serem digeridos nem com reza brava. E aquela sede infinita, acordando no meio da madrugada e entornando uma garrafa inteira de água? Já passou por isso? Então, é sobre isso que vamos falar rapidamente. O processo de fermentação lenta é relativamente novo no Brasil, mas muito difundido na Itália. Não vou entrar em aspectos técnicos (reação de Maillard, Aminoácidos e Amilases…) mas fazer um paralelo didático. O processo lento de fermentação permite que as enzimas que estão na massa trabalhem por mais tempo, fazendo com que a massa fique de certa forma mais “amigável” para nossa digestão. Esse processo de fermentação dura (acredite) de 2 a 3 dias. Posso dizer que o resultado vale muito a pena.
Escolhendo sabores
Agora que tinha “carta branca” para comer à vontade, restava escolher os sabores das coberturas (alguns insistem em chamar de recheio…e eu não me conformo). Pedi 3 pizzas pequenas, com dois sabores cada, para poder provar o maior número de sabores naquela noite. Os sabores foram: Pizza.1 = meia Mozarela, meia Portuguesa; Pizza.2= meia Neliu’s, meia Mignon; Pizza.3= meia Amatriciana, meia Rúcula.
A pizza Neliu’s é uma das que mais sai na casa e por isso a pedi. Os pontos marcantes são o queijo gruyère e baby alcachofras.
A Mignon é culpa do colunista István Wessel, da rádio BandNews FM, pois ele tinha acabado de passar a receita e fiquei com água na boca.
A pizza A matriciana, que também é uma das campeãs de venda, tem como destaque as fatias finas de pancetta artesanal.
E a de rúcula é servida com tomates caqui, rúcula, pesto e queijo de cabra.
Graças ao processo de fermentação lenta, consegui atingir meu objetivo de comer um pedaço de cada. Todas me agradaram muito e houve praticamente um empate técnico entre elas, mas a vitoriosa foi a de rúcula. Agora faço um flashback de uma resenha que fiz anteriormente explicando a conexão da pizza com a cerveja. “Na Itália é comum, ao comer uma pizza que te agrade, descobrir que o pizzaiolo é egípcio. Isso porque o Egito foi uma das primeiras civilizações que cultivou grãos como cevada, trigo e outros. Essa cultura milenar foi transmitida de geração para geração. Por conta disso, o pão era um alimento muito importante, assim como a cerveja (ambos feitos de grãos). O pão amassado era chamado de pita, e esta palavra é considerada a origem da palavra pizza.
Assim, os italianos herdaram dos egípcios o hábito de comer pizza com cerveja. E passaram esse costume de pai para filho. ” Seguindo a orientação de meus amigos italianos: pizza = cerveja.
E a sobremesa? PIZZA !!! Claro.
Era dia 10… Dia nacional da Pizza. Heresia pensar em pedir outra sobremesa que não pizza doce. Pedi uma pizza meia Banana com Canela, meia Ovomaltine. A de Banana estava um pouco seca para meu gosto. Eu teria duas alternativas para esse sabor: ou faria uma parte das bananas amassadas, para formar uma espécie de creme, ou acrescentaria algum creme ou líquido para deixa-la mais suculenta (mel, leite condensado, etc). A ideia de fazer um creme com parte das bananas e deixar parte em rodelas, me parece a mais adequada, pois essa opção de pizza doce deve ser mais procurada por aqueles que querem tentar “maneirar” no consumo de açúcar. Assim, a pizza teria uma suculência maior e ficaria na linha “sem açúcar”.
Já a pizza de Ovomaltine era puro glamour. Aquela pizza para se entregar. Me trouxe agora um sorriso no rosto lembrar de meu filho lambendo o prato, aproveitando cada gotinha do creme de ovomaltine que sobrou. Será que ele gostou?
Nossa Querida Margherita
Em 1889, quando o então Rei da Itália Umberto I e sua esposa, a Rainha Margherita, estavam passando uma temporada em Nápoles, quiseram provar o famoso prato, a PIZZA…
Mas, por algum motivo não era apropriado para a nobreza frequentar pizzarias, então pediram que a pizza fosse entregue em casa. O pizzaiolo fez a cobertura da pizza para homenagear a bandeira italiana (verde, branca e vermelha), usando manjericão, mozarela e tomate. Os reis adoraram e nascia assim o sabor margherita que tanto amamos.
Neliu’s
Endereço : Rua Rua Nossa Senhora Mãe dos Homens, 183 – Centro
Telefone : (11) 2937-8214
Site : https://business.google.com/website/neliusgrill
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