A Aérea Brasileira (FAB) divulgou nesta segunda-feira, 22 de janeiro, um relatório no qual informou que não há registro de pane ou mau funcionamento no sistema do avião que caiu com o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), em janeiro do ano passado.
Responsável pela investigação, o coronel Marcelo Moreno informou que o piloto do avião, Osmar Rodrigues, muito provavelmente teve uma desorientação espacial que acarretou a perda de controle da aeronave. Segundo a FAB, Rodrigues era experiente, mas na hora do acidente a visibilidade estava restrita e, com isso, não havia condições mínimas para pouso e decolagem.
Questionado sobre se, diante disso, o piloto não deveria ter tentado pousar, Marcelo Moreno respondeu que as condições meteorológicas “tornavam impraticável o pouso e decolagem no aeródromo de Paraty naquele momento, porque estavam abaixo dos mínimos meteorológicos que são de cumprimento obrigatório a todos que utilizam o espaço aéreo brasileiro que existem para tornar o voo seguro”.
Teori e mais quatro pessoas morreram no acidente, que completou um ano no último dia 19. Nesta segunda, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) da FAB apresentou o relatório sobre as investigações. Foram apresentados fatores que contribuíram para a causa do acidente, de forma a evitar novos desastres aéreos, e não culpados.
O que provocou as mortes das vítimas
De acordo com o relatório do Cenipa, a principal causa da morte das cinco pessoas a bordo do avião foi politraumatismo, ou seja, os impactos causados pela queda da aeronave. “Ainda que tenha sido divulgado que um dos tripulantes foi encontrado com vida 40 minutos após o acidente, o afogamento foi causa acessória do acidente. A causa mortis foi politraumatismo”, disse Marcelo Moreno.
Saiba abaixo as 11 conclusões às quais a FAB chegou