Apesar dos números não animadores do emprego em 2017, há sinais de melhora e as previsões dos economistas são de recuperação de postos de trabalho neste ano, em meio a uma expectativa de maior crescimento da economia. No entanto, eles estimam que a criação de vagas sem carteira assinada ainda vai superar o emprego formal em 2018.
Economistas projetam a criação entre 700 mil e 1 milhão de empregos com carteira assinada em 2018, após o país ter encerrado o ano passado com a perda de 20,8 mil postos formais, 3º ano consecutivo com as demissões superando as contratações. Entre 2015 e 2017, o país fechou um total de 2,88 milhões de postos de trabalho.
Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que pela primeira vez o número de pessoas que trabalham por conta própria ou em vagas sem carteira assinada superou o daqueles que têm um emprego formal. O país encerrou o 4º trimestre de 2017 com 34,31 milhões de pessoas trabalhando por conta própria ou sem carteira, contra 33,32 milhões de ocupados em vagas formais.
O chamado “por conta própria” é uma categoria que inclui profissionais autônomos, como advogados e dentistas, mas também trabalhadores informais, como vendedores ambulantes ou o chamado “bico”.
As projeções dos economistas para 2018 são baseadas principalmente na expectativa de um crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) entre 2,5% e 3% neste ano. “Será um ritmo gradual que vai ganhando corpo ao longo do ano. A incerteza política decorrente das eleições é o maior entrave”, afirma Luiz Fernando Castelli, da GO Associados.