Ficar em Guarulhos. Agora mais do que nunca.
Para aqueles que me conhecem, sabem do meu entusiasmo pela nossa cidade. Esse foi o motor que me moveu para começar a escrever sobre as experiências gastronômicas nos restaurantes da nossa região. Mas nem só de restaurantes vive o homem. De 24 de maio até 3 de junho, o Festival Di Cumê é uma opção adicional para comer pratos típicos da cultura nordestina (matéria do G7 News do dia 07/05). Tive oportunidade de visitar o evento e divido aqui com vocês essa experiência. Parte da renda estará sendo revertida para o Lar Casas André Luiz. Quer coisa melhor que essa?
Infraestrutura
Visitando o evento, você percebe que os detalhes foram pensados para que os participantes desfrutem ao máximo do lugar. Começando pela chegada. Se vier de carro, há um convênio com o estacionamento ao lado, que cobrará R$ 10,00. Isso ajuda bastante, evitando que você fique rodando a procura de vagas livres na rua. Dentro do evento, o espaço é amplo e possui várias mesas para que os visitantes possam se acomodar. Algumas grandes almofadas ficam dispostas em pallets para aqueles que desejarem se espreguiçar um pouco.
Um palco foi montado para as apresentações programadas para todo o evento. Vale a pena visitar as obras do artista Plástico Berg Araujo. Uma passada pelo bazar da Neguinha é muito tentador. Eu mesmo comprei um jogo charmoso de copos para conhaque. Suas crianças poderão brincar no espaço que foi montado especialmente para elas.
Mas e a comida?
Ah, a comida…afinal estamos em um texto de gastronomia. Comecei pelo acarajé. Pedi o meu quente e estava na medida certa de pimenta para meu paladar. Uma das coisas que gosto neste quitute é que ele nivela todos, ou seja, ao comer você se lambuzará todo. Inevitável ter vatapá espalhado por toda sua mão. De lamber os dedos!
Por recomendação da Neguinha, o próximo prato que ataquei foi o nhoque do agreste (nhoque de abóbora cabotiá, recheado com queijo de coalho e carne seca no molho rosé). A porção vem com nhoques recheados grandes (do tamanho de uma bola de bilhar) e abundante molho por cima. O sabor bem nordestino da abóbora, carne seca e queijo coalho em uma receita tradicional italiana só podia dar um resultado: gostinho de quero mais. Por ser um nhoque recheado, ele precisa ser maior que os tradicionais e a abóbora cabotiá resolve essa questão por ser mais leve que o nhoque feito de batatas.
Nesta mesma noite comi o baião de dois, e gostei pela fartura do queijo coalho. Pimenta biquinho e cheiro verde completavam bem o tempero deste prato típico.
Para escrever de gastronomia preciso conhecer os pratos apresentados e isso me fez retornar ao Festival. Na segunda passagem por lá, eu comi o spaghetti al mare. O prato não consta do cardápio, mas Neguinha me explicou que foram tantos clientes que pediram que ela resolveu fazer. Ok, o Nordeste tem um litoral fantástico e é muito rico em frutos do mar, então está valendo, não é? Melhor para mim, que adoro esse prato. Por ser um festival gastronômico e os pratos estarem sendo preparados nas barracas, sem todo o aparato de uma cozinha profissional, posso dizer que o spaghetti al mare me surpreendeu positivamente.
Ainda comi Costela no bafo e arroz nordestino com pequi. Costela já é uma carne saborosa pela quantidade de gordura e pela proximidade com o osso, mas ela acompanhada com o arroz nordestino com pequi e farofa harmonizou bem.
Por incrível que pareça também comi a famosa pizza. A mesma servida no Nelio’s Grill e Pizza. A massa tem um diferencial. Ela passa por uma fermentação prolongada (entre 120 horas e 240 horas) fechada em potes com azeite importado. Por passar por esse processo, ela se torna mais leve, o que pode ser sentido já na primeira mordida. Como diz a chef Neguinha: “a fermentação prolongada faz com que a massa fermente no pote com o azeite e não fermente no seu estomago”. De fato, mesmo após ter comido os outros pratos como descrevi, a pizza margherita caiu bem leve no estomago e me deixou com vontade de voltar outro dia só para me dedicar a elas.
Para as crianças o Festival di Cumê oferece batata frita (com queijo e bacon), espetinhos e hambúrgueres.
A chef Neguinha também montou opções veganas para atender esse público que só faz crescer.
Não tenho dúvidas em dizer que é realmente um festival. Um dia foi pouco e dois dias não foram suficientes para eu comer tudo o que tive vontade. Ainda bem que ele irá até o dia 3 de junho e já estou me programando para voltar lá.
Festival Di Cumê
Data: 24 de maio a 3 de junho
Horário: 11h às 23h, domingo a quinta e 11h à 1h, sexta, sábado e feriado
Endereço: Rua General Osório, 162 – Centro – Guarulhos (ao lado do Hotel Mercure) Informações: Carolina Chaguri – (11) 97267-5820 e [email protected]
Facebook: www.facebook.com/festivaldicume
Observação: Entrada franca
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