Os mais de 70 fisioterapeutas demitidos de hospitais do grupo Leforte, em São Paulo, terão o direito de serem reintegrados ao quadro de funcionários após acordo firmado entre o Ministério Público do Trabalho de São Paulo (MPT-SP) e a empresa.
Os hospitais Leforte e Bandeirantes haviam colocado profissionais terceirizados como substitutos desde uma demissão em massa em setembro do ano passado. Segundo o acordo firmado na 41ª Vara do Trabalho do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, os contratos com terceirizados têm prazo de 30 dias para serem rescindidos.
Em nota, o grupo Leforte afirmou que “a rede de hospitais não fará qualquer pronunciamento, pois considera que todas as tratativas necessárias já foram firmadas junto às instâncias competentes e por isso não se manifestará mais sobre o assunto”.
“Alguns colegas [terceirizados] não tinham experiência com Unidade de Terapia Intensiva”, afirmou Cibelle Carmo, uma das fisioterapeutas que haviam sido demitidas, em nota do MPT-SP. “Como a pessoa vai atender um paciente grave sem ter experiência?”, questionou.
Em novembro, uma liminar judicial já havia decidido pela reversão das demissões. O Leforte tentou entrar com um mandato de segurança para barrar a reversão. Após a segunda derrota, de acordo com a nota do ministério, optou-se por uma audiência conciliatória.
Os funcionários demitidos têm até o dia 19 de janeiro para manifestarem o desejo de serem reintegrados. Segundo o MPT, eles terão assegurada estabilidade de um ano no trabalho, nas mesmas condições de trabalho dos contratos originários.
A Crefito (Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional), que acompanhou o processo, afirmou que as demissões colocaram a vida de pacientes dos hospitais em risco.