Apesar da situação atual revelada pelo orgão estadual, especulações nos círculos políticos indicam que o apoio do governador Tarcísio de Freitas e do prefeito Guti serão direcionados à pré candidatura do deputado Jorge Wilson
De acordo com um levantamento do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCESP), apenas 8% dos 644 municípios fiscalizados foram considerados efetivos em suas gestões, conforme o Índice de Efetividade da Gestão Municipal (IEG-M) de 2023. Este indicador classifica as administrações em cinco categorias, com a maioria dos municípios paulistas, excluindo a Capital, recebendo a pior nota (C) pelo segundo ano consecutivo.
O estudo analisou sete áreas, incluindo saúde, educação, planejamento, gestão fiscal, segurança das cidades (Defesa Civil), meio ambiente e governança em tecnologia da informação.
Os dados de 2023, coletados ao longo de 2022, apontam que a administração liderada por Guti na Prefeitura de Guarulhos, com pouco mais de sete anos no cargo, recebeu uma avaliação geral de C+. Contudo, em setores cruciais como saúde, educação, meio ambiente e tecnologia, as notas foram inferiores em relação à gestão anterior, liderada por Sebastião Almeida (ex-PT, atual SOLIDARIEDADE), conforme dados de 2017 coletados em 2016.
A gestão Guti também conseguiu diminuir as avaliações na saúde, educação e meio ambiente em comparação com seu próprio período administrativo, como indicado no quadro comparativo entre os anos de 2018 e 2023.
Ainda de acordo com o TCE, Guarulhos está entre os maiores municípios em alerta no Estado, comprometendo 90,05% da receita com despesas correntes, conforme documento emitido pelo órgão fiscalizador em dezembro passado. Os alertas referem-se a indícios de irregularidades na gestão orçamentária, demandando ações para ajustar as finanças e prevenir problemas fiscais.
As despesas correntes são aquelas que não têm um impacto direto na formação ou aquisição de um bem de capital. Isso inclui gastos como salários e encargos com pessoal, juros da dívida, aquisição de matérias-primas, bens de consumo e serviços de terceiros.
Descumprimentos da Lei de Responsabilidade Fiscal podem resultar em ações por improbidade administrativa e inelegibilidade para o prefeito. Os alertas destacam problemas como falta de investimento regular em saúde e educação, gastos excessivos, arrecadação abaixo do previsto e a necessidade de ajustes fiscais.
Fonte: IBGE e dados fornecidos pelas prefeituras via questionário IEG-M.