A vereadora Márcia Taschetti(PP) pediu que seja decretado imediatamente o segredo de justiça no procedimento investigatório que apura suposta pratica de rachadinha em seu gabinete.
O advogado da parlamentar argumentou nos autos do processo que os computadores apreendidos no escritório de advocacia contém dados sigilosos de clientes da vereadora, que também é advogada, devendo ser preservados por força dos mandamentos do Estatuto da OAB e correspondente Código de Ética.
O pedido foi protocolado no dia 29 de junho, um dia após policiais civis terem cumprido mandados de busca e apreensão no gabinete e nas casas da vereadora Márcia Taschetti e do chefe de gabinete dela. Os agentes voltaram para a delegacia com cinco computadores e três celulares. Taschetti é investigada por suspeita de ter feito rachadinha, como é chamado o esquema ilegal em que funcionários têm de devolver parte do salário para o vereador.
Segredo com a coisa pública?
A solicitação do segredo de justiça feito pela vereadora Márcia Taschetti acontece poucos dias após a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara Federal ter aprovado a admissibilidade da Proposta de Emenda à Constituição 68/07, do ex-deputado Luiz Couto (PB), que proíbe o sigilo processual nos casos de crimes contra a administração pública.
Os crimes contra administração pública podem ser praticados tanto por funcionários públicos como por particulares. Além da corrupção, o Código Penal inclui o peculato, vulgo “rachadinha”, entre outros tipos penais.
Após a divulgação das investigações em nível nacional pela Rede Globo, Márcia Taschetti negou o esquema e afirmou: “Eu quero deixar bem claro que eu jamais participei de qualquer esquema seja de rachadinha ou qualquer algo que seja escuso”. “Eu quero ser investigada, não tem essa coisa de eu não querer ser investigada.”
Ação de indenização
Em dezembro do ano passado, a vereadora Márcia Taschetti entrou com uma ação na Justiça para que uma ex-assessora retirasse de uma rede social a denúncia de que tinha sido vítima de rachadinha, além de requerer o valor de R$ 30.000,00 (trinta mil reais) por danos morais. O Ministério Público (MP) e o juiz acharam estranho, perceberam que poderiam estar diante de um suposto crime, e pediram para a polícia investigar.
De acordo com o advogado da ex-assessora de Taschetti, Dr. Alexandre Cadeu, a tentativa de colocar o inquérito policial em segredo de justiça seria desonesta já que a própria parlamentar expôs os dados do processo em live na rede social.
Encaminhamos e-mail ao endereço eletrônico oficial da vereadora Márcia Taschetti na Câmara de Guarulhos a fim de que a mesma possa se manifestar sobre o assunto, assim que recebermos resposta a matéria será atualizada.
COM A PALAVRA VEREADORA MÁRCIA TASCHETTI
“Mais uma vez essa suposta repórter que se intitula como Aline Dutra, e que aparentemente não existe, manda e-mail após o horário comercial, ou seja sem o tempo hábil para que possamos responder. Já que a Aline Dutra o tempo todo faz postagens no portal de notícia G7News, com excessiva desonra no meu nome, gostaria de dar uma entrevista diretamente para a Aline Dutra no Portal G7News, para que possamos desmistificar que isso não continue sendo visto como uma perseguição, eu gostaria de ter o meu direito de resposta, mas quero o meu direito de resposta exatamente com a pessoa que me manda E-mail, quem faz as matérias do G7News que é a Aline Dutra. Inclusive me sinto prejudicada ainda mais, tendo em vista que desde que falei que sou Pré Candidata a Deputada Estadual o Portal G7News, essa da repórter Aline Dutra através desse Portal G7News vem denegrindo o meu nome e a minha imagem, sendo assim tomarei as medidas judiciais cabíveis contra ambos.”Att, Vereadora Marcia Taschetti
1 Comentário
Qual A câmara municipal no ESTADO DE SÃO PAULO que não existem a famosa RACHADINHA , 99% …fui filiado ao um partido político em 1983…grande parte das câmaras municipais que visitei …SEMPRE HOUVERAM AS …RACHADINHAS…E O MINISTÉRIO PUBLICO. NUNCA TOMOU AS PROVIDÊNCIAS