A Waymo, empresa do grupo Alphabet, e o Uber chegaram nesta sexta-feira (9) a um acordo na disputa judicial sobre carros autônomos, encerrando o julgamento que havia começado na última segunda-feira nos Estados Unidos.
Acusado de roubar segredos sobre o projeto de carro sem motorista do Google, o Uber aceitou pagar cerca de US$ 245 milhões à Waymo.
A Waymo processou o Uber e esperava receber cerca de US$ 1,9 bilhão em indenização, além de um pedido de desculpas.
No entanto, o novo CEO da empresa de mobilidade, Dara Khosrowshashi, apenas expressou “arrependimento” pelas ações da empresa em um comunicado. Ele reafirmou que o Uber não utilizou possíveis segredos da Waymo nos seus carros autônomos.
O acordo ainda contém uma cláusula garantindo que nenhuma informação confidencial da Waymo seja usada nos carros autônomos do Uber.
O fim da disputa permite que o Uber coloque outro escândalo para trás e avance com o desenvolvimento de tecnologia de direção autônoma após a tumultuada liderança do ex-presidente Travis Kalanick, que testemunhou no julgamento na terça e quarta-feira.
A Waymo afirmou que o ex-engenheiro Anthony Levandowski baixou mais de 14 mil arquivos confidenciais de seu programa de carros autônomos, antes de pedir demissão e abrir sua própria empresa chamada Otto.
A Otto seria uma empresa especializada em tecnologia autônoma para caminhões, que foi comprada pelo Uber em junho passado por US$ 680 milhões.
Levandowski então passou a trabalhar no projeto de carros sem motorista do Uber, que alegou nunca ter usado nenhuma informação da rival.
A start-up afirma ainda que sua tecnologia de sensores é diferente e foi desenvolvida antes da chegada do engenheiro.
Apesar disso, a empresa decidiu afastar Levandowski do programa de carros autônomos após a acusação da Alphabet e, posteriormente, acabou demitindo o engenheiro, dizendo que ele se negou a ajudar no processo jurídico.
Levandowski nunca falou publicamente sobre as acusações e a justiça não acusou ninguém de roubo. O engenheiro não foi réu no caso.
Fonte G1