Por Valnei J. Reime – Psicólogo, Psicoterapeuta e Professor – Especializado em Psicossomática
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Se fossemos fazer uma análise mais profunda dos nossos hábitos, com certeza iríamos nos deparar com algum tipo de dependência que nos traria sensações agradáveis. O fato é que há sempre um padrão de recompensa para cada prazer. E a repetição se dará pela associação dos estímulos, desde o mais simples até o mais nocivo.
Uma vez experimentado o objeto de prazer, o cérebro produzirá substâncias neuroquímicas como, por exemplo, os hormônios chamados de “serotonina e a dopamina” dentre outros, onde cada um terá uma ação específica no nosso comportamento gerando diferentes tipos de sensação e prazer.
Em geral, a serotonina estará mais ligada à sensação de felicidade mais prolongada e de bem-estar. Já a dopamina está associada ao prazer, à recompensa e a motivação, ou seja, o desequilíbrio e o aumento na produção é que desencadeará o vício.
Muitas vezes dependemos do emprego para sobrevivência, da universidade para nos profissionalizar, da disciplina para ter uma sociedade organizada, etc., contudo, nos permitirmos à dependência de coisas que não faziam parte de nossos hábitos naturais, e que vão se tornando cada vez mais comuns como as tecnologias, modismos de consumo, até mesmo o uso de álcool, drogas e outras dependências criadas não é algo natural, e deve sim ser objeto de análise por profissionais especializados.
“A natureza humana é perfeita. É capaz até de se adaptar ao antinatural”
Fonte de consulta: Eduard D.Bullmore. – Brain, Volume 134, Issue 7, 1 July 2011, Pages 2013–2024,
Caderno de “Dependências” – USP.
Ersche et al. (2011) publicado na revista Brain