Não é de hoje que o Direito e a Matemática são adversários na ideologia de quem opta por Direito. Muitos estudantes que optam em fazer uma faculdade de Direito porque “detestam” Matemática. Mas não é assim na prática. Em todas as áreas do Direito a matemática é importante. Claro que nos dias de hoje o “clínico geral” não é o melhor atrativo para os advogados, a especialização em uma área é o que faz a diferença, não que impeça de fazer outras áreas, mas como em tudo na vida, temos que ter uma excelência naquilo que fazemos!
Resolvi compartilhar e publicar esse artigo, em razão da experiência de 19 anos em cálculos judiciais, aulas, projetos e meu primeiro livro lançado em maio/2018. Hoje não basta o advogado que pretende crescimento no mercado se especializar somente nas respectivas áreas de Direito, é de muita importância obter conhecimentos na área de cálculos.
É muito difícil convencer o advogado a freqüentar cursos de cálculos. Sabemos que o advogado não possui muita habilidade com os números e aqueles que possuem não tem tempo para fazer seus próprios cálculos. Claro que fico muito feliz em ouvir de alguns clientes meus “Não preciso saber fazer cálculos, sendo que tenho você que os faça.” É uma honra na minha profissão como calculista judicial, ouvir isso de meus clientes, mas ao mesmo tempo me “dói” e “preocupa” ao saber que em 99% dos casos somos procurados em liquidação de sentença, na qual, já se passaram a inicial, contestação, audiência, sentença, acórdãos, etc, que em fase de liquidação ficamos limitados na apuração dos valores sobre aquilo que foi decidido pelo juiz. Entre essas e outras, temos a limitação dos pedidos iniciais, condenações “extras e ultras petitas”, não contestação de pedidos, etc.
O que infelizmente já vivenciei de “dinheiros jogados fora” com falta de pedidos, limitações, cálculos menores e maiores da realidade é lastimável!
Neste ano de 2019 vou lutar pela conscientização desde as faculdades da inclusão, ao menos básica, da Matemática no Direito, a qual é tão importante quanto a Língua Portuguesa (na minha opinião), voltada especificamente nas áreas que as necessitam (trabalhista, cível, previdenciária, etc). Ao advogado atuante, que possa ter uma visão mais adiante de seus objetivos, até mesmo na negociação em uma mesa de audiência, pois de nada adianta ter a melhor peça, melhor atuação e pecar na quantificação dos direitos do seu cliente.
Uma melhor noção jurídico-matemática proporcionará ao advogado melhores lucros aos seus clientes e em consequência seus honorários.
Uma escolha consciente de um bom profissional-parceiro em seu escritório na elaboração de seus cálculos é também de muita importância, pois o “barato sai caro”, vejo por muitas vezes o advogado perder milhares de reais por conta de uma economia de cem, duzentos ou trezentos reais.
Fica a dica, em 2019 que haja essa conscientização no Direito e que finalmente sejam feitas as “pazes” entre o Direito e a Matemática.